Feliciano Correia


Deixem-me contar-vos uma história: eu e a Cris conhecemo-nos faz muito tempo, muitos anos. E desde que me lembro sempre torci e insisti para que ela mudasse os seus hábitos. Uma vez, lembramo-nos bem, liguei-lhe a meio da tarde e perguntei-lhe o que estava a fazer. E ela com voz de sono, como tinha sempre quando não estava a trabalhar, responde-me "Estava a dormir" e eu lancei-lhe a proposta "Então veste-te que eu passo em tua casa para irmos caminhar. Tens que te mexer!". De outra vez, a meio de uma noite entre amigos começamos a conversa que para ela deveria sempre ser evitada "Tens que te mexer!". "Demos-lhe na cabeça" e espicaçámos a fera que no fundo sabiamos que havia naquele corpo todo, mas a resposta era sempre a mesma: olhos na mesa, queixo no peito e um "não me chateiem a cabeça" sem falar.

Conheci-a como uma miúda que estava, aparentemente, bem resolvida consigo e com o seu corpo, com a sua alimentação, com as suas fomes e vontades de comer e até com as suas varizes. Brincava com tudo. Ou disfarçava com tudo que tinha. Deixava que brincassemos e, abusassemos muitas vezes, com tudo. E ela sofria, calada e sorrindo, com cada abuso e brincadeira que achavamos normais: "Ela não se importa! Até ela brinca com isso...", era a defesa dos verdadeiros fracotes. Mas ela não queria estar ali naquele corpo, queria soltar cá para fora todos aqueles tormentos de um passado/presente que a incomodavam cada vez mais e só faltava aquele clique.

E esse clique foi ter encontrado a Daniela. Foi ter encontrado a Box. O Simões. E todos os outros que vieram a seguir e a mantiveram no caminho que tem trilhado até aqui. E para mim, seu amigo de um ontem pesado, de um presente cheio de força e de um futuro repleto de sorrisos sinceros é um orgulho do caraças vê-la, finalmente, feliz. A Cris está diferente sim senhora. Primeiro fisicamente, obviamente. Em segundo lugar, está feliz. Está bem. Está confiante. Está segura. Está poderosa.Sente-se confortável como está. E não tem de fazer por agradar a ninguém, porque enquanto o fez nunca se agradou a si própria.

Encontrou no Crossfit uma das peças que faltava para completar o puzzle da felicidade.

Parabéns Cristiana! Continua assim e vai aumentando carga!!

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